quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

"Às vezes é preciso perder para dar valor! É preciso chorar para aprender a amar! É preciso confiar para se entregar! E, ainda assim, a grande verdade é que é preciso ouvir para nunca gritar! Todos irão sofrer um dia para saber o verdadeiro sentido da felicidade! Se sentir saudade, procure! Se sentir vontade, faça! Se tiver medo, lute! Se perder, esqueça!"

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

O que você vai ser quando crescer?
É uma pergunta tão comum que já é motivo de piada.
A resposta mais usual: grande!
Sim, é cômica, é bem colocada e, talvez, um tanto óbvia.
Mas, e se você não crescer?
Não me refiro a quantos centímetros do chão você se encontra, falo mesmo de plenitude, de domínio, do que se construiu durante toda uma vida.
Não faz sentido pensar apenas no que você será num futuro que talvez nem chegue. A vida é efêmera e imprevisível demais para que você lide com coisas fungíveis o tempo inteiro, para que você se apoie em planos que talvez jamais saiam do papel.
Importante não é o que você é ou será, mas quem.
É o caráter que você constrói no decorrer do tempo que definirá o que você será capaz de fazer.
O 'agora' é prioridade, não desmerecendo o 'depois', mas não se pode passar as páginas de um livro sem lê-las, caso seu intuito seja mesmo conhecer a história na íntegra. Não adianta mudar os ponteiros de um relógio, a ilusão tem fundo falso e, logo, é desmascarada.
Se você ainda não sabe quem você é, trabalhe nisso, para que você possua uma identidade além do seu RG.
Embora prefira ser uma metamorfose ambulante, tenho chão abaixo dos pés para que eu possa me sustentar e reerguer a cada mudança brusca.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

De outro modo, que não o seu.

É tão difícil lidar com aquela mania de querer as coisas sempre do nosso jeito. Uma parte de nós é apressada, não consegue admitir a intervenção do tempo.
A pasta de dente aberta, a toalha molhada em cima da cama, o atraso no encontro, o ônibus que não passa. Tem coisas que parecem ser feitas de propósito pra nos testar.
Não adianta gritar, xingar, chutar o balde, isso não vai mudar o curso das coisas.
"Tente achar que não é assim tão mal, exercita a paciência."

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Alma gêmea


A gente costuma pensar em alma gêmea como a 'outra parte da laranja', o 'you do nosso I love', o 'encaixe perfeito'. Eu realmente sempre pensei assim e por tanto tempo esperei encontrar minha alma gêmea, fosse escolhendo um filme numa locadora e esbarrando nela ou quem sabe me oferecendo flores e chocolates num restaurante.
Certa feita li algo que mudou todo o meu entendimento por alma gêmea. Me senti completamente iludida e cheia de improváveis expectativas. Toda essa coisa romântica e platônica é pura abobrinha. Descobri que "alma gêmea é um espelho, a pessoa que mostra tudo que está prendendo você, a pessoa que chama a sua atenção para que você possa mudar a sua vida. Uma verdadeira alma gêmea é provavelmente a pessoa mais importante que você vai conhecer, porque elas derrubam as suas paredes e te acordam com um tapa. Viver com uma alma gêmea para sempre dói demais, as almas gêmeas só entram na sua vida para revelar a você uma outra camada de você mesmo, e depois vão embora."
Desmistificando todo aquele pensamento erudito que nos faz tecer uma ansiedade incontrolável de encontrar nossa outra metade, percebe-se, então, que a outra metade apenas mostra o que precisa de reformas em você mesmo. Uma alma gêmea se faz importante por instantes, ou dias, ou, quem sabe, anos. Mas se vai. O amor que lhes é oferecido não é em vão, você aprenderá mais sobre você do que poderia ensinar toda uma vida sem amores. E você aprenderá, ainda, que esse não é o máximo do seu amor.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Aguarde o momento.

Ansiedade dá dor de barriga.
A gente pensa que só um novo paquerinha nos faz andar saltitando e soltar uma gargalhada sem que ninguém faça nenhuma graça. Quanta limitação!
Uma oportunidade de emprego, uma conversa cara a cara, uma viagem programada, uma nota alta na prova mais difícil do semestre, um resultado positivo [ou negativo] de um exame, e etc e tal, e etc e tal. A lista torna-se interminável.
As coisas realmente desejadas provocam sensações estranhas quando conquistadas.
O relógio desobedece todas as suas funcionalidades básicas, o tempo literalmente pára. Pára sim. Não é possível que um minuto sejam apenas 60 segundos. Uma canção na rádio te faz mover o esqueleto, sem nem se dar conta de quem está a observar seus passos de dança mal ensaiados.
O mundo segue sem mudanças para os rotineiros e só a sua vida atrasa, na contramão, sem sinalização, com pressa e sem gasolina! Os dias são sem graça, sem vida, sem tempero.
Ansiedade dá formiga nos pés!

domingo, 12 de outubro de 2008

Enquanto durmo, a célula vive.

Hoje acordei e não encontrei a coragem de levantar.
Procurei entre as cobertas e debaixo dos travesseiros; não houve jeito.
Não sei se foi culpa da inércia, que me lembrou da tendência de permanecer como estava, ou da gravidade, que insistia em me tornar cada vez mais íntima do meu colchão.
Após alguns breves minutos de uma luta acirrada com o conforto e o calor do meu canto, mãos ao alto! \o/ Tudo bem, rendo-me. -.-‘
Tem uma certa maneira adequada e indicada para levantar-se sem prejudicar a coluna; tentei lembrar em vão! Admito, era só uma forma ridícula de ganhar mais um tempinho no lugar onde eu queria permanecer por mais uma eternidade.
Enfim, estou de pés no chão e nem sei qual foi o primeiro a sentir o azulejo gélido. Talvez tenha eu posto ambos simultaneamente. Isso me confere alguma vantagem?
Liguei o botão de automático e lá vai a vida me levando, seguindo um rumo já traçado, uma rotina incessante, ora tão desejada ora tão desprezada.
Questões de educação jamais são esquecidas, muito embora seja melhor um silêncio simpático a um cumprimento forçado pelo hábito, sem qualquer expressão.
“Step by step”, sem pressa de chegar, afinal não sei ao certo para onde estou indo.
O dia se prolonga tanto que chego a confundir as estações e me situar num solstício.
Quando, por fim, alcanço a noite, quase que sem querer, meu corpo se apressa em demonstrar à minha cama a saudade que ela o fez sentir por tão longo período.
E, então, encontro-me de volta ao lugar que deveria ter sido todo meu por todo aquele dia difícil de viver, por inexistência de vontade. Um dia daqueles...
Um dia perdido? Talvez nulidade; anulação, não.
Conhecimento adquirido por osmose. Sou célula viva.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Um passo difícil.

Muitos foram os empecilhos que me tentaram. Confesso, a desistência estava batendo à minha porta incessantemente. Como brasileira nata, lá fui eu.
Mochila nas costas, chaves às mãos e coração na boca. Tantas eram as emoções que me cerceavam naquele momento que nem sei dizer qual era mais forte.
Um choro de criança, ao longe, me atrasava os passos; uma canção bem calma, tão perto, me encorajava a seguir.
É difícil tomar decisões na vida, principalmente quando delas surge o duelo entre a razão e a emoção. Pra variar, fui racional. Creio que acertei.
Estava eu, ainda com expectativas duvidosas (se é que existiam), e, de repente, como providência divina, eu já sabia que estava exatamente no lugar que deveria estar.
Você já escreveu uma carta pra você mesmo? Não é tão simples assim...
Nós sempre achamos que temos intimidade suficiente com nós mesmos e, na hora da verdade, fica difícil confessar-nos nossas fraquezas. Sempre foi um desafio humano confessar seus próprios erros.
Como você iniciaria uma carta para você mesmo? Linguagem formal ou coloquial? Seria espontâneo ou conciso? Escreveria muito sobre você ou mais sobre os outros? Você acha que seria imprescindível falar a seu respeito ou você acha que é desnecessário, já que você, teoricamente, já se conhece?
Alguns dias depois, você relê sua carta. Estranho, não? Você poderá perceber que as coisas nem sempre acontecem justamente como você gostaria e esperava. Percebe que, por tantas vezes, elas foram ainda melhores.
A vida, de fato, é feita de escolhas e, por sua vez, estas somente serão tomadas no momento exato em que serão cobradas. Não me venha com um bonito discurso de que você tem plena convicção do que vai fazer e nada mudará sua decisão, porque apenas as circunstâncias do momento dirão o que tem que ser feito.
Um passo evitado pode mudar todo o curso de uma vida. Um passo a frente pode, subjetivamente, levá-lo ao futuro, como também poderá fazê-lo regredir 10 anos. É como estar diante de um abismo. Nessa hipótese, você ainda acha que o melhor é mesmo seguir em frente, independente dos obstáculos?
Eu prefiro suprimir a minha vontade e parar. Parar na vida não significa parar a vida. Existirão mesmo situações nas quais você será obrigado a parar, a silenciar, a engolir uma vaca de lado. É aí que você demonstra quão grande você é. Um conflito só é bem resolvido quando ambos os lados ganham. Ganhar nem sempre é levar o troféu pra casa, mas, principalmente, saber reconhecer seu ponto fraco e a “suposta” superioridade alheia.
Se quiser seguir em frente diante de um abismo, voe! E, antes, verifique se suas asas estão aptas para uma viagem sem destino.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Aquele amigo.

A maioria das pessoas nunca acreditou em amizade entre homem e mulher. Admissível tal pensamento; a humanidade é mesmo repugnante.
Sempre tive amigos, mas nenhum tão perfeito. Preenchia cada espaço que o mundo deixava em mim. Talvez não fosse tudo o que eu precisava, mas era tudo o que eu queria. E eu nem precisei procurar por ele.
As conversas intermináveis sempre me arrancavam boas risadas, traziam um novo aprendizado e, às vezes, até me roubavam algumas lágrimas. Não eram só flores e acho que vomitaria se fossem. Era prazeroso; nenhuma cama aconchegante ou chocolate quente poderiam ser melhores que estar na “companhia virtual” do meu “the best”.
Sabe aquele pensamento da maioria das pessoas? Não está certo, mas está coerente. Quando as coisas se confundem, é difícil decidir o rumo que se deve dar à situação.
Cheguei a achar que o melhor seria ignorar a “criação repentina” de vontades antes inexistentes. Machucaria sim, mas seria só uma fase. Foi uma fase difícil e fui fraca. Então achei que talvez pudesse ceder e as coisas se encaixariam naturalmente.
A partir do momento em que permitimos que a vida nos leve, estamos abrindo mão do controle relativo que nos dá o livre arbítrio. As coisas se perderam no tempo, se perderam pra sempre.
Depois de um tempo, ele já não era só o que eu queria, era também o que eu precisava; o que eu mais precisava. O tempo não parou para que eu tentasse reverter tudo. Eu só queria meu amigo de volta, mas já era tarde.
De quem foi a culpa? Talvez eu nunca tenha essa resposta, mas deito a cabeça no travesseiro e sei que fiz o que pude. São lembranças que jamais se perderão na minha memória. Importante é o que ele me fez sentir. Fez-me melhor, e sou grata.
Era tudo tão perfeito; e hoje só me resta saudade.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Devaneios Infantes

Quando criança, tínhamos a ingenuidade de achar que tudo seria sempre do modo como imaginávamos. Entressonhávamos que depois de desfrutar muito da infância e da adolescência, viriam faculdade, formatura, casamento, filhos, netos... Tudo sempre nessa ordem, simples e fácil, e com bom êxito.As primeiras desilusões começavam a surgir. Papai Noel e Coelhinho da Páscoa não são figuras verídicas! Não é tudo como parecia ser. Passam-se as fases e as mudanças são inevitáveis. Em nossa puerícia, nós não costumávamos pensar que as pessoas que você imagina ter contigo poderão nunca estar. Que o nosso “príncipe” não chegaria cavalgando num cavalo branco ou pior, que não existe príncipe encantado. Que ao longo da vida podemos fortalecer vínculos de amizades e com a mesma prontidão, esses laços podem ser desatados. Não cogitávamos a possibilidade de que teríamos que fazer escolhas que nos perseguiriam a vida toda. Que pra adentrar na faculdade é preciso estudar e pra enfrentá-la é necessário agradar-se dela, ter bravura e muita determinação. Não sabíamos que os sonhos seriam dispendiosos e que, por vezes, teríamos que nos privar de certas coisas. Não presumíamos que pra casar é preciso mais do que amor. E que casamento é algo mais complexo do que entrar na igreja trajada de branco, trocar alianças e pronunciar um “sim”. Não entendíamos que criar filhos é mais complicado do que deixá-los crescer e os verem envelhecendo, que é uma tarefa difícil, árdua e muito arriscada. Não compreendíamos que pra trilhar todo esse itinerário teríamos que correr riscos, sofrer perdas, tristezas, decepções. Éramos tão insensatos e inocentes. As únicas preocupações que tínhamos eram se o presente solicitado iria chegar, se o episódio de Chaves, do dia, já tinha sido reproduzido ou se iria passar o desenho predileto. E ainda bem que era assim! Isso favoreceu-nos a acreditar na felicidade plena, a viver dias sem verdadeiras preocupações, a não ter limites nos sonhos e a não renunciar deles.


~> Vanessa Costa Batista

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Deixa o amor acontecer.



Fechei a porta, liguei o som e me refugiei no meu infinito particular.

Eclética como sempre tive orgulho de ser, estava a ouvir Roupa Nova. Aquelas músicas que foram trilha sonora da vida da sua mãe, em algum momento, são aquelas mesmas que, hoje, me fazem refletir.

Um ritmo que embala, que nos leva até a fechar os olhos ao cantar.
Aquelas letras, as mesmas letras, que já sabemos de cór e não enjoamos.
Sem perder o compasso, deixo escapar até um "aaah babyyy.. meu universo é você".
Eu sei, são artimanhas do cantor. E daí?! Eu aprendi também e canto mesmo!

Me ative, parei, voltei. "A arte de sorrir cada vez que o mundo diz não."
Magnífico. É mesmo uma arte, quiçá um dom.
Ouvir um 'não' é inaceitável quando é o 'sim' que se espera.

E, então, a banda canta "o jeito que o amor, tocando os pés no chão, alcança as estrelas."
Sim. Aquela arte é oriunda desse amor, só pode ser. Ele alcança algo inimaginável.
E diz, ainda, que "não é certo não deixar saída". Eu também acho. E daí? Use a imaginação; as coisas nem sempre serão tão prognosticadas como queremos.

Pra não me deixar insatisfeita, buscando inúmeras explicações que jamais alguém me dará, eu ouço "eu te falei que eu tinha medo, amar não é nenhum brinquedo".

Enfrentar nossos próprios medos pode nos trazer grandes surpresas, mas tenha cuidado onde pisa e atente à ferramenta de que faz uso.

"...ou quem sabe a sorte, um sonho, traz você pra mim."

Quem sabe?! Vai ficar aí sentado esperando?

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

É quase assim.

Estava lendo um texto e, de repente, tive a impressão de estar lendo minha própria história.
Ela começou assim "Eu não sei namorar. Não sei decifrar o que sinto nem transmitir o que levo dentro de mim. Preciso ter sempre o controle das situações e dos meus sentimentos, coisas que um relacionamento me prova a todo instante que não tenho."
Achei minha cara e, ao mesmo tempo, nada a ver comigo.

E ela continuou "Às vezes eu acho que exijo do amor mais do que ele pode me dar. Espero muito das pessoas." Nossa!! Dessa vez tenho certeza que ela tava falando de mim.
Eu quero mais, sempre além. Eu acho mesmo que mereço o melhor, eu sei que mereço.
Quero a compreensão que dispensa palavras, quero a leitura ocular, quero que adivinhe pensamentos! Quero os mais belos elogios e, ao mesmo tempo, quero críticas que me ajudem a buscar o melhor de mim. Quero, por fim, a segurança mais plena e a liberdade irrecusável [ahh! essa eu não abro mão!].

Como se fosse pouco, ela diz "Eu devo ter visto muitos filmes, ter lido muitos romances. Só pode."
Será que é tão impossível assim viver um amor assim, real?!
Ela ainda fala sobre a fidelidade. É tão difícil assim torná-la um valor?
Meus olhos falam, preciso de alguém que os entenda quando for custoso demais para minha boca pronunciar-se. Às vezes reluto em dizer o que quero ou não quero, preciso de alguém que converse com o meu silêncio.

Busco um alguém que esteja ao meu lado nas horas mais inconstantes e, conhecendo meus trâmites, saiba o que fazer. Um alguém que não mendigue atenção, que torne natural a minha vontade de oferecê-la. Me faça sentir linda e desejada, ainda que conheça cada defeito meu. Alguém de valores, disposto a mudar pelo que é certo; que não sempre pense como eu, mas que saiba reconhecer uma verdade; alguém que me mostre caminhos que pareciam não existir, que me acrescente algo bom a cada conversa.

E, então, fiquei a pensar como poderia finalizar esse texto que já é quase dela de tanto que soube me representar. Nada tão imprevisível, eu encontrei o meu fim no dela: "Eu quero apenas um amado, um amante, um namorado. Um amigo, um companheiro. E, principalmente, que não desista de me entender sem antes tentar. Eu não sou tão fácil quanto pareço, nem tão difícil quanto digo ser."

E, com análise prévia, permito-me repetir: EU NÃO SOU TÃO FÁCIL QUANTO PAREÇO, NEM TÃO DIFÍCIL QUANTO DIGO SER!

A cada dia, convenço-me mais de que encontrei o que tanto procurava. Um dia, confirmo esta desconfiança ou continuo minha busca.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

"Cada um no seu quadrado"

Uma se destaca por ser mais escura que as outras três, porém, poucos são os que observam esta diferença. Mero detalhe.
Cada uma possui suas peculiaridades. Há quem diga que são obstáculos a serem vencidos; eu digo que são "espinhos" da rosa.
Elas me mostram caminhos diversos, já que cada uma delas possui um ângulo diferente de visão.
Aquela que está sempre à minha frente quando me deito, me traz sempre boas lembranças, registradas em fotografias.
A que está atrás de mim é o apoio. Ela me segura, me mantendo suspensa no ar, numa altura que me permite o sonho de voar sem medo de cair.
As outras duas estão sempre ao meu lado, uma bem séria e a outra super descontraída.
Elas são meu refúgio e meu maior pesadelo. São minha rotina mais certa. Converso com as paredes do meu quarto quando é você que eu quero e não posso ter.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Um sufoco sem espera.

O corredor era um martírio e o fim dele me parecia cada vez mais distante.
Eu queria entrar primeiro, já que apenas um, por vez, poderia se fazer presente ao lado dele.
Peguei o adesivo e me pus a andar.
Atordoada, ansiava pelo meu destino final.
Não havia espaço para mais ninguém ali. Como pode? E se eu precisasse de ajuda? Iriam me atender ali mesmo, em pé, por entre tantos enfermos?
Sem prestar muita atenção nos problemas ao meu redor, com o pensamento já adiante, buscava chegar o mais rápido naquele nome "EMERGÊNCIA", que parecia me atrair e se afastar a cada passo meu.
Bati a mão na porta e ela balançou nas minhas costas.
Virei a cabeça diversas vezes de um lado para o outro sem me ater a muitos detalhes.
Procurei, desesperadamente, um rosto conhecido. Aquele rosto.
Deitado, quase sem movimentos, percebi que não pôde me ver.
Segurei sua mão, emiti algumas palavras e, de repente, onde teria esquecido minha força?!
Refiz o caminho que trilhei para chegar ali, procurando, com uma nuvem nos olhos, a mesma coragem que tinha me levado àquela aflição interminável.
Não encontrei.
Com as energias esgotadas, não fui capaz de evitar a particular chuva do meu rosto.



Algumas pessoas me consideram intransigente, e meu pai consegue encarar isso como um elogio.


É bem verdade que há inúmeras coisas nesse mundo das quais discordo e confronto, mas tenho plena consciência de que muitas delas serão sempre um infortúnio no meu caminho.


Ao me deparar com situações em que me vejo com as mãos e os pés atados, costumo pensar num plano B. Geralmente procuro afastar de mim o que não me traz felicidade, pessoas com fluidos negativos. Chego a denominar tal atitude como EGOÍSMO. No entanto, ao pesar as consequências, descubro que nada mais é que AMOR PRÓPRIO.


Não dá pra passar a vida toda pensando tanto nos outros a ponto de esquecer de nós mesmos. Chega um determinado momento em que, para pensar nos outros, devemos focar nosso próprio nariz. Não se trata de egocentrismo; é apenas o limite de uma vida sem espelho. É necessário recuperar forças para continuar, olhar para si mesmo e perceber o que há de errado, ser exemplo de humildade.


Quando estamos no topo e caímos, é difícil conseguir ânimo para reerguer-se. Essa cena não é a retratação de uma DERROTA; é a chance de amadurecer, de mostrar a si mesmo que pode ir mais longe do que um dia imaginou chegar com muito esforço e sem maiores perspectivas. Há sempre mais...






"Há mais coisas entre o céu e a terra, Horacio, do que sonha nossa vã filosofia."

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Ainda existe vida em mim.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Tudo assim sem parar

Com letra maiúscula inicio meu relatório de confusões ponto de continuação A vida passa rápido e vírgula às vezes vírgula nem nos damos conta ponto de continuação As coisas mudam de lugar rapidamente e o tempo tem sono leve ponto de continuação Quando acho que está tudo no seu devido lugar vírgula o mundo dá uma reviravolta e a bagunça está formada ponto de continuação Eu tento não perder o equilíbrio vírgula mas quando é que vou poder usar o ponto final interrogação

sexta-feira, 16 de maio de 2008

HOMEM = CABELO.

HOMEM É IGUAL A CABELO...

Tem que ser tratado igual cabelo!

Num dia a gente prende, no outro solta, num dia a gente alisa, no outro enrola, dá uma cortada quando precisa,numa semana a gente amacia, na outra é só dar uma batidinha que ele fica ótimo!

Fala a verdade... Cabelo dá trabalho.

Mas a mulher consegue viver careca?!?!?!

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Escolha.

Existem lágrimas que jamais deveriam ser derramadas, mas que impossível seria contê-las. Existem momentos que não desejaríamos viver, mas que não teriam como ser evitados. Existem, ainda, pessoas com as quais nunca marcaríamos um encontro, mas que nos encontram sempre por obra do acaso.
A vida é assim, imprevisível. Imprevisível como a chuva que atrapalha nossa festa; como a má notícia que nos acorda no meio da noite; como os olhos que nos entrega durante uma conversa decisiva.
É difícil admitir, mas eu já tentei [diversas vezes] fugir do inevitável; já fingi que dormia; já inventei viagens de última hora; já menti que não estava afim. Mas a vida é imprevisível e não adianta querer ir contra ela.
É possível evitar, adiar, e até se esconder, mas ela nos acha e, então, nos encurrala. Cabe a cada um criar seu próprio mundo com as possibilidades que são disponibilizadas.
A vida nos convida a rir ou chorar; a escolha é nossa.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

E eu que era assim.

E eu que achava que era forte.
E eu que queria segurar suas mãos trêmulas.
E eu que tentei ultrapassar os limites da distância.
E eu que estou aqui, como mero mortal.
Cada dia é uma vida e, a cada vida, me conheço um pouco.
Reações são tão imprevisíveis quanto as figurinhas dos chicletes PLOC.
O passado nos acompanha, sempre.
Mas não todo.
Parte vem, parte fica.
Difícil é escolher a melhor parte e em que lugar ela deve ficar.
E há escolha?
Aquela menina ativa, de muitos objetivos, de timbre forte, de personalidade marcante.
Uma menina.
Ainda tão menina, mais quieta. Silenciosa, observadora, minuciosa.
Uma personalidade tão marcante quanto outrora. Uma voz mais doce.
Outra menina.
A mesma menina.
Só uma menina.
E eu que era assim.
E eu que sou assim.
E eu que sou.
Assim.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Herói.

Homem-Aranha, He-Man, Super Homem, entre tantos outros, são heróis da infância. Todavia, acima de todos eles, destaca-se o PAI.
Possuímos a doce ilusão de termos em casa um herói invencível, o grande orgulho, o exemplo perfeito. Mero sonho. O tempo vai passando e, aos poucos, percebemos que nós apenas adiamos a decepção. Crianças vivem em contos de fadas e enxergam tão somente o que lhes é mostrado. O ideal seria desmistificar o quanto antes essas idealizações. Sempre descobrimos que não temos um Eisten em casa nem tampouco um Dalai Lama. Nosso pai não é o mais inteligente nem o mais rico, não é também o dono da verdade. Nosso pai trai e mente quando julga necessário. Deixa-lo brigar com qualquer “brutamontes”, acreditando ser ele o mais forte, é jogá-lo contra a parede, é como algemar e perder as chaves; tem solução, mas não a que desejamos.
Chega um momento em que percebemos que nosso herói não é imortal como nos quadrinhos. Ele desfalece e se vai. Nessa hora não adianta assobiar que ele jamais aparecerá gritando “Chapolin Colorado, sigam-me as mãos”. Nessa hora nos restarão apenas lembranças de alguém comum que endeusamos. E é nessa hora que nos propuseremos em sermos verdadeiros heróis para nossos filhos, a começar pela força que teremos de encontrar para superar a dor da perda e sustentar os atos heróicos daquele que se foi. Somente nessa hora nos convenceremos do quanto é difícil ser o melhor, o exemplo, o herói; e, então, perdoaremos os erros e tropeços do pai, reconhecendo seu heroísmo em situações que, a princípio, nos pareciam extremamente simples.
Seguiremos na meta de sermos lembrados por, pelo menos, um ato de bravura.
Ser herói é um DOM que, às vezes, não sabemos usar; é uma qualidade que os outros nos atribui e, às vezes, nem possuímos.

Saber viver é um ato heróico. Aprenda!

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Um anjo tamanho GG

Impossível descrever a sensação.
Meu corpo ficou em festa, meu coração em silêncio.
Esse silêncio é paz. É agradecimento à dádiva.
Só eu sei, um anjo.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

"Sempre gostei de usar lápis.

Sempre gostei de poder reescrever sem ter que riscar.

É fácil passar borracha.

Meu coração é escrito à lápis.

Apago nomes, escrevo outros, ou reescrevo.

Quantas vezes eu quiser.

Sempre achei que meu coração não me obedecia...

Quanta bobagem.

Na verdade eu escrevo sem perceber, e apago sem querer.

O coração é meu e de mais ninguém.

Sofrer não é desculpa de não controlar...

É desculpa de não saber que pode apagar, porque quando a gente quer...

A gente APAGA."



Quando a gente quer, a gente APAGA! É assim mesmo.. Pode até ficar borrado, restar alguns vestígios, apagar só metade.. pode até ser, mas a gente pode APAGAR! Ou melhor, nós podemos, inclusive, nem escrever. Tudo depende da nossa vulnerabilidade, da nossa vontade de ir ou ficar. É mais fácil deixar a vida nos levar, mas nós só vamos até onde queremos. Eu gosto mais de escrever de caneta; é mais difícil, assim, apagar, mas tem suas soluções. A gente sempre acha que o nosso coração é dono do próprio nariz. Pretexto! É preciso apenas apresentar o coração à razão; ela saberá controlá-lo!
A gente APAGA. Não é fácil assim, mas temos as ferramentas.. tenha coragem para usá-las.

domingo, 30 de março de 2008

Larissa Leal em: O JULGAMENTO.

Já se imaginou numa história em quadrinhos?
Entre tantos personagens, você é o principal. Parte da sua vida é narrada e insistem em aparecer os inconvenientes balõezinhos.
Sou fã de Maurício de Souza e, de seus personagens, posso ser Mônica ou até Bidú. No entanto, nunca esperei me imaginar numa história que não foi ele quem escreveu, que não preciso escolher um personagem pra ser e que não tem importância a minha opinião. Quase um ser inanimado, que precisa que alguém dê vida.
Histórias em quadrinhos são irreais, mas causam as mais distintas sensações.
Presa na minha história, tive direito a opiniões, críticas e até sugestões de leitores desatentos, que não percebem detalhes, que desconhecem as entrelinhas, que não observam com precisão as imagens e que não analisam o contexto.
Não fosse a conveniente tática de criar um final feliz, sem prisões ou mortes, eu seria condenada a prisão perpétua ou à fôrca. Ao fim, satisfeitos com o já esperado final, os leitores sorriem e fecham a revista, na espera ansiosa da próxima história.
Tudo parece tão gratificante.
Ledo engano.
•Quem disse que o Cebolinha se conforma em falhar na execução de todos os seus planos infalíveis?

Minha história não vai acabar assim.

quarta-feira, 26 de março de 2008

Você é alguém?!

Você tem alguém importante na vida? Alguém por quem você daria a vida? Alguém que tenha a capacidade de te fazer mudar de idéia quando você está prestes a se jogar do 13º andar e acha que essa é a única solução da sua vida?
Nesse momento, onde você insiste em comprovar a existência da gravidade, aquela pessoa consegue articular as palavras, colocando-as de tal forma que você se arrepende de ter um dia pensado em ir de encontro às camadas da atmosfera. Talvez não. Talvez ela nem precise falar nada, basta um simples olhar. Simples olhar? Não... Um olhar complexo. Complexo ao ponto de não significar absolutamente nada para ninguém além de você. Mas você entendeu a mensagem que ela não soube ou não quis verbalizar; e é isso que realmente importa. Valoração específica.
Eu tenho um alguém. Um alguém que não vivo sem. Alguém que se faz presente ainda que distante; que me faz repensar antes de agir; que me acalma quando me toca. Um alguém tão singular que seus defeitos, por vezes, são suas peculiaridades mais atrativas.
Já chorou por alguém? Eu já.
Chorei por decepção, chorei sua dor, chorei de saudade.
Um alguém de extremos. Entre tantas lágrimas, a razão de tantas alegrias, quanta emoção!
Tenho alguém que não faz idéia da diferença que faz na minha vidinha de privilegiada estudante; um alguém que nem sabe que, às vezes, me tira o sono, que não tem noção de como um sorriso tão singelo muda meu humor.
Um alguém tão importante para mim e que, para você, nada representa. Um alguém que, talvez, jamais saia do anonimato, que jamais saiba a grandiosidade de sua presença, tão pouco notada por tantos, tão gratificante para mim. Talvez permaneça sem saber.
Ah! Um alguém tão meu... =X

terça-feira, 4 de março de 2008

Parece que foi ontem.

Tanto tempo depois e nada parece ter mudado.
O mesmo cheiro pairando no ar, o mesmo rosto a me olhar sem piscar.
Fora de mim, eu mais parecia assistir do que viver aquela cena.
Um cenário adverso, ao som da trilha de um filme no qual não sou protagonista.
Um filme sim; tão fantástico quanto.
Ainda que me fosse nitidamente visível a presença de inúmeros expectadores, o mundo me pareceu tão só meu, tão só nosso.
Não pude decifrar a intensidade do momento; difícil saber se tratava-se do reflexo de um passado mal terminado num presente esperançoso ou de um presente vivido no reflexo do passado.
O céu clareava e não percebi o tempo passar.
Ao me dar conta da realidade sonhada e o sonho real, um ar de seriedade, quebrado pela alegria de ver outra vez, refletindo nos meus, o brilho dos seus olhos.
Quem sabe é amor.
Parece que foi ontem que tudo começou, tudo tão natural...
e já faz tanto tempo... tanto tempo...

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Fotografia.


Sou apaixonada por fotos.
A eternização de momentos vividos!
Registros que afloram nossos sentidos, permitindo-nos relembrar cheiros, risos, dores, palavras, gestos.
Fotos mostram os detalhes que não nos atentamos, talvez por estarmos em êxtase demais ou quem sabe um tanto distraídos.
Fotos são com um "Pause" no tempo.
São lembranças que trazem saudade.
Fotos não são só imagens num papel, são a exteriorização de sentimentos, a mistura de sentidos, é o que os olhos gostariam de dizer.
Fotografar é escrever através da luz e muito além das sombras.
Essa imagem fala por mim e fala pra mim, mais do que pra vocês. Bem mais.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Marcas do tempo

Brota a ardente paixão
Adiante o amor não condiz
O tempo cura a ferida
Mas não apaga a CICATRIZ.

Mudam-se as prioridades
A solução não é a fuga
Na transitoriedade de valores
Nasce a primeira RUGA.

Mesmo com tantas dores
A vida tem seus doces encantos
Ainda existe alegria
Por entre tantos FIOS BRANCOS.

O ser humano é bicho capaz
Bem mais do que havia pensado
Ainda pode encontrar força
Por trás de um CORPO CANSADO.

Sonhos e experiências
Lutas e grandes vitórias
São fatos mais que reais
Que viram apenas HISTÓRIAS.

São MARCAS DO TEMPO.
Um tempo que não pára!!!

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Hipocrisia.

Hipocrisia.
Nada me irrita mais do que a covarida daqueles que se dizem tão fortes. Viver de aparências requer muito mais do que uma simples maquiagem. Não é fácil manter ilesa uma figura criada pela vontade de demonstrar ser o que não é, ou pelo medo de expor o verdadeiro eu.
Ainda que se tratasse de uma mera maquiagem, vale ressaltar que maquiagens borram, desfigurando a ilustração.
Entretanto, não se resume a essa vaidade. Não se trata apenas de personagens diversos controlados, guiados e determinados pelas circunstâncias. Vai além do óbvio.
É preciso ser inteligente para viver de aparências, sob pena de cair em contradição. É preciso ser calculista, para não confundir os papéis. É preciso, por fim, ser forte, para não acabar enganando a si mesmo.
Nesse misto de "concreto e aparente" resta a dúvida do que realmente é verídico e aí, então, necessária se faz a força interior para não se deixar perder no vão que se forma entre o real e o imaginário.

domingo, 6 de janeiro de 2008

A Virada.

23:05.

Aos trinta e um dias do mês de Dezembro.
Antes de chegar, a festa já esperava. Após a chegada, a festa se fez completa.
Espera ansiosa pelo estouro dos artifícios, pelo gosto do champagne, pelo abraço afetivo.
Inquietos, murmúrios passeiam por entre os deslumbrantes sorrisos, os copos tornam a encher.
Contagem regressiva.
Virar de cabeça pra baixo? Dar continuidade ao que se vem construindo? Virar página em rascunho? Página rasurada? Página em branco? Começar do zero?

Três, dois, um...

...00:01


"Esse ano quero paz no meu coração; quem quiser ser meu amigo que me dê a mão..."