A gente costuma pensar em alma gêmea como a 'outra parte da laranja', o 'you do nosso I love', o 'encaixe perfeito'. Eu realmente sempre pensei assim e por tanto tempo esperei encontrar minha alma gêmea, fosse escolhendo um filme numa locadora e esbarrando nela ou quem sabe me oferecendo flores e chocolates num restaurante.
Certa feita li algo que mudou todo o meu entendimento por alma gêmea. Me senti completamente iludida e cheia de improváveis expectativas. Toda essa coisa romântica e platônica é pura abobrinha. Descobri que "alma gêmea é um espelho, a pessoa que mostra tudo que está prendendo você, a pessoa que chama a sua atenção para que você possa mudar a sua vida. Uma verdadeira alma gêmea é provavelmente a pessoa mais importante que você vai conhecer, porque elas derrubam as suas paredes e te acordam com um tapa. Viver com uma alma gêmea para sempre dói demais, as almas gêmeas só entram na sua vida para revelar a você uma outra camada de você mesmo, e depois vão embora."
Desmistificando todo aquele pensamento erudito que nos faz tecer uma ansiedade incontrolável de encontrar nossa outra metade, percebe-se, então, que a outra metade apenas mostra o que precisa de reformas em você mesmo. Uma alma gêmea se faz importante por instantes, ou dias, ou, quem sabe, anos. Mas se vai. O amor que lhes é oferecido não é em vão, você aprenderá mais sobre você do que poderia ensinar toda uma vida sem amores. E você aprenderá, ainda, que esse não é o máximo do seu amor.