terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Hipocrisia.

Hipocrisia.
Nada me irrita mais do que a covarida daqueles que se dizem tão fortes. Viver de aparências requer muito mais do que uma simples maquiagem. Não é fácil manter ilesa uma figura criada pela vontade de demonstrar ser o que não é, ou pelo medo de expor o verdadeiro eu.
Ainda que se tratasse de uma mera maquiagem, vale ressaltar que maquiagens borram, desfigurando a ilustração.
Entretanto, não se resume a essa vaidade. Não se trata apenas de personagens diversos controlados, guiados e determinados pelas circunstâncias. Vai além do óbvio.
É preciso ser inteligente para viver de aparências, sob pena de cair em contradição. É preciso ser calculista, para não confundir os papéis. É preciso, por fim, ser forte, para não acabar enganando a si mesmo.
Nesse misto de "concreto e aparente" resta a dúvida do que realmente é verídico e aí, então, necessária se faz a força interior para não se deixar perder no vão que se forma entre o real e o imaginário.

domingo, 6 de janeiro de 2008

A Virada.

23:05.

Aos trinta e um dias do mês de Dezembro.
Antes de chegar, a festa já esperava. Após a chegada, a festa se fez completa.
Espera ansiosa pelo estouro dos artifícios, pelo gosto do champagne, pelo abraço afetivo.
Inquietos, murmúrios passeiam por entre os deslumbrantes sorrisos, os copos tornam a encher.
Contagem regressiva.
Virar de cabeça pra baixo? Dar continuidade ao que se vem construindo? Virar página em rascunho? Página rasurada? Página em branco? Começar do zero?

Três, dois, um...

...00:01


"Esse ano quero paz no meu coração; quem quiser ser meu amigo que me dê a mão..."