domingo, 30 de março de 2008

Larissa Leal em: O JULGAMENTO.

Já se imaginou numa história em quadrinhos?
Entre tantos personagens, você é o principal. Parte da sua vida é narrada e insistem em aparecer os inconvenientes balõezinhos.
Sou fã de Maurício de Souza e, de seus personagens, posso ser Mônica ou até Bidú. No entanto, nunca esperei me imaginar numa história que não foi ele quem escreveu, que não preciso escolher um personagem pra ser e que não tem importância a minha opinião. Quase um ser inanimado, que precisa que alguém dê vida.
Histórias em quadrinhos são irreais, mas causam as mais distintas sensações.
Presa na minha história, tive direito a opiniões, críticas e até sugestões de leitores desatentos, que não percebem detalhes, que desconhecem as entrelinhas, que não observam com precisão as imagens e que não analisam o contexto.
Não fosse a conveniente tática de criar um final feliz, sem prisões ou mortes, eu seria condenada a prisão perpétua ou à fôrca. Ao fim, satisfeitos com o já esperado final, os leitores sorriem e fecham a revista, na espera ansiosa da próxima história.
Tudo parece tão gratificante.
Ledo engano.
•Quem disse que o Cebolinha se conforma em falhar na execução de todos os seus planos infalíveis?

Minha história não vai acabar assim.

quarta-feira, 26 de março de 2008

Você é alguém?!

Você tem alguém importante na vida? Alguém por quem você daria a vida? Alguém que tenha a capacidade de te fazer mudar de idéia quando você está prestes a se jogar do 13º andar e acha que essa é a única solução da sua vida?
Nesse momento, onde você insiste em comprovar a existência da gravidade, aquela pessoa consegue articular as palavras, colocando-as de tal forma que você se arrepende de ter um dia pensado em ir de encontro às camadas da atmosfera. Talvez não. Talvez ela nem precise falar nada, basta um simples olhar. Simples olhar? Não... Um olhar complexo. Complexo ao ponto de não significar absolutamente nada para ninguém além de você. Mas você entendeu a mensagem que ela não soube ou não quis verbalizar; e é isso que realmente importa. Valoração específica.
Eu tenho um alguém. Um alguém que não vivo sem. Alguém que se faz presente ainda que distante; que me faz repensar antes de agir; que me acalma quando me toca. Um alguém tão singular que seus defeitos, por vezes, são suas peculiaridades mais atrativas.
Já chorou por alguém? Eu já.
Chorei por decepção, chorei sua dor, chorei de saudade.
Um alguém de extremos. Entre tantas lágrimas, a razão de tantas alegrias, quanta emoção!
Tenho alguém que não faz idéia da diferença que faz na minha vidinha de privilegiada estudante; um alguém que nem sabe que, às vezes, me tira o sono, que não tem noção de como um sorriso tão singelo muda meu humor.
Um alguém tão importante para mim e que, para você, nada representa. Um alguém que, talvez, jamais saia do anonimato, que jamais saiba a grandiosidade de sua presença, tão pouco notada por tantos, tão gratificante para mim. Talvez permaneça sem saber.
Ah! Um alguém tão meu... =X

terça-feira, 4 de março de 2008

Parece que foi ontem.

Tanto tempo depois e nada parece ter mudado.
O mesmo cheiro pairando no ar, o mesmo rosto a me olhar sem piscar.
Fora de mim, eu mais parecia assistir do que viver aquela cena.
Um cenário adverso, ao som da trilha de um filme no qual não sou protagonista.
Um filme sim; tão fantástico quanto.
Ainda que me fosse nitidamente visível a presença de inúmeros expectadores, o mundo me pareceu tão só meu, tão só nosso.
Não pude decifrar a intensidade do momento; difícil saber se tratava-se do reflexo de um passado mal terminado num presente esperançoso ou de um presente vivido no reflexo do passado.
O céu clareava e não percebi o tempo passar.
Ao me dar conta da realidade sonhada e o sonho real, um ar de seriedade, quebrado pela alegria de ver outra vez, refletindo nos meus, o brilho dos seus olhos.
Quem sabe é amor.
Parece que foi ontem que tudo começou, tudo tão natural...
e já faz tanto tempo... tanto tempo...