quinta-feira, 26 de abril de 2012

Saudade é não saber. 
Não saber quanto tempo dura um minuto, não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como ocupar o tempo livre, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.
Saudade é também saber.
Saber que aquele brilho que a vida passou a ter vem dos seus próprios olhos, saber que aquele perfume que o vento traz é truque da memória, saber que viver pode ser uma simples dança, saber que nenhum casaco esquenta quando o frio é na barriga!
Eu não sei tantas coisas, mas sei tantas outras. Quanta saudade no meu peito!

Entre a Cruz e a Espada.

cruz 

(latim crux, crucis, instrumento de suplício, cruz, forca, tortura, dor) 

s. f.

1. [Religião católica]  Instrumento do suplício de Jesus Cristo.

2. [Figurado]  Tormento; aflição; trabalhos; desgostos.

espada 

s. f.
1. Arma branca cortante e perfurante, formada de uma lâmina comprida e estreita com punho e guardas.


As pessoas costumam se utilizar de expressões que sobreviveram ao tempo, aos vícios, às mudanças, às fases e aos cabelos brancos. E a elas assim se referem "Como diz o ditado..". Ora, ora.. quem determina o que é ditado e o que deixa de ser? São frases repetidas ao longo dos anos que se encaixam perfeitamente em situações idênticas, ou talvez apenas parecidas, que parecem se repetir também. Com outros personagens, outras cores, outras vozes. De repente, um plágio. Mas veja bem, há anos que repito para meu pai "Eu não sou mais uma criança!" e isso não virou ditado. Não venha me dizer que sou uma voz fraca em meio à multidão, porque sei que quase todas as filhas únicas desse mundo compartilham desse coro. E não virou ditado. Ditado precisa ter um significado? Uma origem, uma história, talvez. Pois, que assim seja. Não sei explicar o que seja um ditado, o dicionário também não ajuda: ditado s. m. 1. O que se dita para outro escrever. E eu gosto tanto, uso que nem percebo. É um tal de "quem tem como me pagar, não me deve nada". Acho ameaçador! hahaha E o tal do "casa de ferreiro, espeto de pau"? Acho tão esclarecedor! Mas confesso que já me peguei pensando em o que seria estar entre a "cruz e a espada"! O meu melhor entendimento diz que trata de uma escolha entre se entregar ou lutar. E, nessas horas, se entregar é uma bobagem? Uma covardia? Ou uma renúncia? Se positiva para esta última, não seria abrir mão de um em prol do outro? E isso não é lutar? Lutar, sim, mas por algo que julgue mais importante. Eu não sei por onde ir, mas estou indo e, quem sabe um dia eu aprenda a conviver com o que me incomoda, ou talvez não precise.


"Não sei se caso ou compro uma bicicleta" - Esse, definitivamente, não consigo entender. Alguém me explica?