terça-feira, 27 de maio de 2008

Tudo assim sem parar

Com letra maiúscula inicio meu relatório de confusões ponto de continuação A vida passa rápido e vírgula às vezes vírgula nem nos damos conta ponto de continuação As coisas mudam de lugar rapidamente e o tempo tem sono leve ponto de continuação Quando acho que está tudo no seu devido lugar vírgula o mundo dá uma reviravolta e a bagunça está formada ponto de continuação Eu tento não perder o equilíbrio vírgula mas quando é que vou poder usar o ponto final interrogação

sexta-feira, 16 de maio de 2008

HOMEM = CABELO.

HOMEM É IGUAL A CABELO...

Tem que ser tratado igual cabelo!

Num dia a gente prende, no outro solta, num dia a gente alisa, no outro enrola, dá uma cortada quando precisa,numa semana a gente amacia, na outra é só dar uma batidinha que ele fica ótimo!

Fala a verdade... Cabelo dá trabalho.

Mas a mulher consegue viver careca?!?!?!

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Escolha.

Existem lágrimas que jamais deveriam ser derramadas, mas que impossível seria contê-las. Existem momentos que não desejaríamos viver, mas que não teriam como ser evitados. Existem, ainda, pessoas com as quais nunca marcaríamos um encontro, mas que nos encontram sempre por obra do acaso.
A vida é assim, imprevisível. Imprevisível como a chuva que atrapalha nossa festa; como a má notícia que nos acorda no meio da noite; como os olhos que nos entrega durante uma conversa decisiva.
É difícil admitir, mas eu já tentei [diversas vezes] fugir do inevitável; já fingi que dormia; já inventei viagens de última hora; já menti que não estava afim. Mas a vida é imprevisível e não adianta querer ir contra ela.
É possível evitar, adiar, e até se esconder, mas ela nos acha e, então, nos encurrala. Cabe a cada um criar seu próprio mundo com as possibilidades que são disponibilizadas.
A vida nos convida a rir ou chorar; a escolha é nossa.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

E eu que era assim.

E eu que achava que era forte.
E eu que queria segurar suas mãos trêmulas.
E eu que tentei ultrapassar os limites da distância.
E eu que estou aqui, como mero mortal.
Cada dia é uma vida e, a cada vida, me conheço um pouco.
Reações são tão imprevisíveis quanto as figurinhas dos chicletes PLOC.
O passado nos acompanha, sempre.
Mas não todo.
Parte vem, parte fica.
Difícil é escolher a melhor parte e em que lugar ela deve ficar.
E há escolha?
Aquela menina ativa, de muitos objetivos, de timbre forte, de personalidade marcante.
Uma menina.
Ainda tão menina, mais quieta. Silenciosa, observadora, minuciosa.
Uma personalidade tão marcante quanto outrora. Uma voz mais doce.
Outra menina.
A mesma menina.
Só uma menina.
E eu que era assim.
E eu que sou assim.
E eu que sou.
Assim.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Herói.

Homem-Aranha, He-Man, Super Homem, entre tantos outros, são heróis da infância. Todavia, acima de todos eles, destaca-se o PAI.
Possuímos a doce ilusão de termos em casa um herói invencível, o grande orgulho, o exemplo perfeito. Mero sonho. O tempo vai passando e, aos poucos, percebemos que nós apenas adiamos a decepção. Crianças vivem em contos de fadas e enxergam tão somente o que lhes é mostrado. O ideal seria desmistificar o quanto antes essas idealizações. Sempre descobrimos que não temos um Eisten em casa nem tampouco um Dalai Lama. Nosso pai não é o mais inteligente nem o mais rico, não é também o dono da verdade. Nosso pai trai e mente quando julga necessário. Deixa-lo brigar com qualquer “brutamontes”, acreditando ser ele o mais forte, é jogá-lo contra a parede, é como algemar e perder as chaves; tem solução, mas não a que desejamos.
Chega um momento em que percebemos que nosso herói não é imortal como nos quadrinhos. Ele desfalece e se vai. Nessa hora não adianta assobiar que ele jamais aparecerá gritando “Chapolin Colorado, sigam-me as mãos”. Nessa hora nos restarão apenas lembranças de alguém comum que endeusamos. E é nessa hora que nos propuseremos em sermos verdadeiros heróis para nossos filhos, a começar pela força que teremos de encontrar para superar a dor da perda e sustentar os atos heróicos daquele que se foi. Somente nessa hora nos convenceremos do quanto é difícil ser o melhor, o exemplo, o herói; e, então, perdoaremos os erros e tropeços do pai, reconhecendo seu heroísmo em situações que, a princípio, nos pareciam extremamente simples.
Seguiremos na meta de sermos lembrados por, pelo menos, um ato de bravura.
Ser herói é um DOM que, às vezes, não sabemos usar; é uma qualidade que os outros nos atribui e, às vezes, nem possuímos.

Saber viver é um ato heróico. Aprenda!