Sempre há o bandido.
Faz tremer as pernas, acelerar o coração.
Sempre há o herói.
Faz tremer as pernas, acelerar o coração.
Sempre há a mocinha.
Treme as pernas, acelera o coração.
Os demais nada fazem.
Personagens tão distintos, provocadores de sensações tão idênticas.
Reações previsíveis demais.
Os demais. Nada fazem? Tudo produzem.
Que seria da caneta sem a tinta?
A graça sem o riso?
A coca sem o gás?
A solução sem o problema?
O esclarecimento sem dúvida?
O gol sem a bola?
O Eu sem Você?
Importante mesmo é aquilo que não se vê, mas que é capaz de modificar o que parecia imutável.
terça-feira, 20 de novembro de 2007
quinta-feira, 8 de novembro de 2007
O mundo perdido.
Sempre sonhei em encontrar o fim do arco-íris. Perdida em suas cores, imaginava
a sorte dos duendes.
Na luta por manter a fidelidade a meus princípios, busco, ainda, o fim. A
criança que vive em mim é insaciável, embora dotada de invejável compreensão.
Conflitantes diferenças; uma ingênua maturidade, um equivocado crescimento.
O caleidoscópio de cores constata-se em meio aos extremos e, guiada pela
incessante vontade de alcançar a meta desejada, posso sentir, desde já, a
envolvente sintonia da natureza, a paz que acalma.
Idealizado o abismo entre o real e o abstrato, encontro meu equilíbrio. O mundo
perdido de um conto de fadas, meu destino.
Vivo, ou sobrevivo, à mediocridade, alimentando sonhos da infância bem vivida.
No fim, bem no fim, eu sei, a tão esperada recompensa. Um mundo meu, bem como
sonhei; meu mundo, bem como desejei; e o brilho dos meus olhos a confundir-se
com aquela luz forte, que ofusca. Meu pote de ouro.
Seguindo caminhos tortuosos, talvez, traçados por mim mesma.
A busca. A espera. O tempo.
O encontro.
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