A maioria das pessoas nunca acreditou em amizade entre homem e mulher. Admissível tal pensamento; a humanidade é mesmo repugnante.
Sempre tive amigos, mas nenhum tão perfeito. Preenchia cada espaço que o mundo deixava em mim. Talvez não fosse tudo o que eu precisava, mas era tudo o que eu queria. E eu nem precisei procurar por ele.
As conversas intermináveis sempre me arrancavam boas risadas, traziam um novo aprendizado e, às vezes, até me roubavam algumas lágrimas. Não eram só flores e acho que vomitaria se fossem. Era prazeroso; nenhuma cama aconchegante ou chocolate quente poderiam ser melhores que estar na “companhia virtual” do meu “the best”.
Sabe aquele pensamento da maioria das pessoas? Não está certo, mas está coerente. Quando as coisas se confundem, é difícil decidir o rumo que se deve dar à situação.
Cheguei a achar que o melhor seria ignorar a “criação repentina” de vontades antes inexistentes. Machucaria sim, mas seria só uma fase. Foi uma fase difícil e fui fraca. Então achei que talvez pudesse ceder e as coisas se encaixariam naturalmente.
A partir do momento em que permitimos que a vida nos leve, estamos abrindo mão do controle relativo que nos dá o livre arbítrio. As coisas se perderam no tempo, se perderam pra sempre.
Depois de um tempo, ele já não era só o que eu queria, era também o que eu precisava; o que eu mais precisava. O tempo não parou para que eu tentasse reverter tudo. Eu só queria meu amigo de volta, mas já era tarde.
De quem foi a culpa? Talvez eu nunca tenha essa resposta, mas deito a cabeça no travesseiro e sei que fiz o que pude. São lembranças que jamais se perderão na minha memória. Importante é o que ele me fez sentir. Fez-me melhor, e sou grata.
Era tudo tão perfeito; e hoje só me resta saudade.
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